terça-feira, 1 de outubro de 2013

O Transporte de Água nos Vegetais



Independentemente do tipo de organismo, a água é um bem essencial para a manutenção da vida. 

Essa substância, que pode compor mais de 90% da massa de um organismo (como no caso dos Cnidários), funciona como forte fator de pressão de seleção. O uso da água, a forma de obtenção, reserva e preservação, moldou a evolução de todos os organismos do planeta.

No caso dos vegetais, a água exerce um papel fundamental. Além de compor o citoplasma celular e participar das reações de fotossíntese, é através da entrada da água, pela raiz, que os minerais presentes no solo são obtidos pela planta.

A primeira condição necessária para que o transporte de água se inicie é que a raiz seja hipertônica em relação ao solo. A planta garante essa condição através de transporte ativo de íons para as células da epiderme radicular. Dessa maneira, a água presente no solo passa através da osmose para o interior das células epidérmicas. 

Em seguida, a água pode serguir dois caminhos possíveis, até atingir os vasos condutores (xilema):
  • via simplástica: através das células da raiz;
  • via apoplástica: entre as células da raiz.




A entrada contínua de água pela raiz da planta configura o que chamamos de "pressão positiva da raiz" no processo de transporte de água ascendente na planta.


A coluna de água se desloca através do xilema sem interrupções (formação de bolhas, ou espaços vazios). Isso ocorre pois o xilema se comporta como um capilar, fazendo com que as moléculas de água adiram às suas paredes. Além disso, devido à força das pontes de hidrogênio, a coluna de água se mantém coesa. Outro fator importante é a constante perda de água para o meio ambiente, o que faz com que essa mesma coluna esteja constantemente sobre tensão, sendo "puxada" para cima. Esse fênomeno é explicado pela Teoria de Dixon ou teoria da adesão-tensão-coesão.

A constante perda de água pela planta deve-se à transpiração que, por sua vez, pode ocorrer de duas maneiras:
  • Transpiração cuticular: ocorre através da cutícula das folhas, de maneira passiva e constante. A planta não tem controle sobre esse tipo de transpiração e ela só pode ser atenuada por adaptações que a planta possua, como, por exemplo, presença de cera sobre a superfície foliar.
  • Transpiração estomática: ocorre através dos estômatos, durante sua abertura. Nesse caso a planta tem controle desse tipo de transpiração, podendo fechar essas estruturas quando suas taxas estão muito elevadas.

Acesse o link da New Mexico State University (em inglês) para acessar uma animação onde você pode modificar diversos parâmetros ambientais e observar como eles afetam as taxas de transpiração e absorção de água pelas raízes, além de animações que mostram os caminhos da água através dos tecidos vegetais.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

O que vamos comer amanhã?


No dia 05 de agosto desse ano, os jornais mundiais anunciaram o primeiro hamburguer produzido em laboratório, à partir das células tronco bovinas. Segundo os jornais, esse hamburguer "artificial" ainda está longe de agradar o paladar dos consumidores assíduos de carne, além de estar muito longe de ser acessível para a população em geral - o custo do projeto, até o momento, foi em torno de R$750 mil. Assista o vídeo.

Mas se o gosto não é igual ao da carne natural e o custo foi tão elevado, qual a vantagem de produzirmos carne no laboratório?

A produção de carne bovina exige grandes espaços para pastagens (cerca de 30% da área utilizável da superfície do planeta), além de um grande consumo de água. Outro ponto importante está na emissão de gases de efeito estufa. Segundo o Worldwatch Institute, o agronegócio é responsável por 25% da produção mundial de gás metano e, desse total, metade é proveniente da  atividade pecuária. (Para saber mais, clique aqui.). Por fim, é crescente o número de ativistas que optam por estilos de vida sem o consumo de proteína animal, devido aos maus tratos e a violência sofrida pelos animais.

Dessa forma, encontrar meios alternativos e sustentáveis para saciar a necessidade humana por proteína animal, num planeta que já bateu os 6 bilhões de habitantes, é imprescindível para continuarmos por aqui. Há quem aposte em outras fontes de proteína (como essa aqui), mas será que estamos preparados para isso? 

Leia também: The Guardian 

domingo, 11 de agosto de 2013

Essa água nunca acaba?

Você já deve ter ouvido falar que precisamos economizar água para ela não faltar. Mas, será que a água do planeta acaba?

Para entender direito essa história, precisamos ir por partes. 

Primeiro, nem toda a água do planeta está disponível para uso humano. Somente cerca de 3% da água do planeta pode ser utilizada por nós (água doce) e, mesmo assim, grande parte dessa reserva está em sua forma sólida, ou seja, não dá para usá-la no cotidiano. Dessa forma, precisamos ter muito cuidado para não estragar nossas fontes e mananciais, garantindo que as gerações futuras tenham acesso à esse recurso essencial à vida.
Além disso, temos que lembrar que a espécie humana não é a única a habitar o planeta, e todos os seres vivos necessitam da água para a sua sobrevivência. À medida que poluímos as fontes de água doce disponíveis, ameaçamos a vida como um todo, não só a da nossa espécie.

Mas, voltando à nossa pergunta inicial: será que a água do planeta acaba?
A resposta dessa pergunta é simples: NÃO!
Isso se deve ao que chamamos de "Ciclo da água". Durante esse processo, a água passa por diferentes transformações de estado, sendo reciclada constantemente.

O Ciclo da Água (fonte: http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/11847)
O sol, nossa maior fonte de calor, aquece a água no estado líquido, que muda de estado físico num processo chamado de evaporação. Assim, o vapor de água sobe para a atmosfera e compõe o que chamamos de "umidade do ar".
Ao atingir altitudes elevadas, a água que estava em seu estado gasoso transforma-se novamente em líquida, num processo chamado de condensação. Dessa forma, surgem as nuvens que vemos no céu. As nuvens são compostas de pequenas gotas de água, tão leves que conseguem permanecer suspensas na atmosfera. Porém, o acúmulo de água e a diminuição da temperatura provocam o fenômeno da precipitação, que pode ser na forma de chuva, granizo ou neve. (Para saber quais as diferenças entre essas três formas, clique aqui!)

Esse processo nunca para e garante que a água do planeta esteja sempre se reciclando. Assim, a água que você bebe hoje é a mesma que os dinossauroas beberam há milhões de anos!!!


quinta-feira, 1 de agosto de 2013

A água que bebemos

É assim: toca o despertador, você acorda e vai para o banheiro.
Depois de fazer xixi, dá a descarga e começa a tirar a roupa para o primeiro banho do dia. Depois de trocado, vai para a cozinha, prepara o seu suco com a água do filtro. Antes de sair de casa, escova os dentes rapidinho e mais um dia começa!

Já reparou o quanto a água é necessária para a vida da gente? Só na primeira hora do nossa dia, o quanto de água consumimos?

Apesar da água ser o recurso mais abundante no nosso planeta, menos de 3% de toda a água se encontra na forma doce. E dessa quantidade, menos de 1% pode ser utilizada para consumo humano. Mesmo assim, as atividades humanos estão, cada vez mais, diminuindo as fontes de água que podem ser utilizada para o nosso consumo.

Desde os reservatórios naturais até as torneiras das nossas casas, a água percorre um longo trajeto. Confira os vídeos abaixo para entender todos os processos necessários para que você possa beber tranquilamente a água da sua torneira.

Video do CASAN - animação que explica o processo de tratamento da água:

Vídeo produzido pela SABESP, que mostra as etapas de captação e tratamento da água de São Paulo.